Minha mãe e eu
Há quase 50 anos minha mãe cumpria a missão de ser o Portal para minha entrada aqui na Terra.
Neste eterno agora vamos escrevendo nossa história. Do nosso Jeito. Do jeito que dá. Nessa espiral da evolução, eu só estou tendo a experiência desta vida porque ela teve a coragem de ser o Portal. Que possamos transcender ao inexplicável e cada dia nos melhorar. Que possamos sempre lembrar que nós que estamos no comando de nossa história. Nós que escrevemos no Livro da Vida com dor ou Amor.
Mãe eu te amo por você ser quem você é.
Gratidão.
sábado, 14 de setembro de 2024
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
Meu Pai
Meu pai me colocava em seu colo para declamar poesias.
Contava historinhas inéditas, que hoje sei que eram de sua autoria. Meu pai tocava piano, e era amante de músicas clássicas.
Chegava no início da noite com balinhas de hortelâ.
Meu pai nos levava para viajar todos os anos, mostrou o quão grande o mundo é, além do espaço que vivemos diariamente. Me incentivou em tudo, me deu tudo que eu pedi e me ensinou a ser ética. Meu pai ajudou a me despertar.
Foi meu pai quem me deu a minha primeira máquina fotográfica, Aos 10 anos esperneei pedindo a tal câmera "LOVE", e foi perto do meio dia que chegou o buquê de flores do campo junto com o presente. Esse ano (2024) completei 35 anos como fotógrafa profissional.
Agradeço meu pai por ter me suportado em minha rebelde adolescência.
Eu tenho muita saudade de meu pai.
terça-feira, 23 de abril de 2024
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Luca Vitali
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Esses escritos e a fotografia eu fiz em 15 de abril de 2020, a pandemia havia começado.
Já se passaram 4 anos.
A capital de SP passou a ter 2 espetáculos a cada fim de tarde. É possível ver o que antes estava atrás da poluição: o esplendor do sol que se põe. O outro espetáculo é das pessoas correndo para as janelas tomadas de encantamento por tanta beleza... beleza essa que reflete a própria beleza de quem a vê.
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
quarta-feira, 16 de agosto de 2023
O sol ainda não tinha nascido quando hoje ouvi pela primeira vez o canto do Sabiá.
Falei há pouco tempo deles, dos Sabiás, que cantam na madrugada por uma readaptação da natureza nesta grande cidade de SP.
Escrevo agora sem rascunho, é somente o eco, o ressoar do canto dessa madrugada.
Um canto ainda discreto mas profundo, abraçou meu coração. Uma parte de mim dormia, outra parte era com ele, o sabiá.
Inverno intenso, acho que não havia vivido outro assim. O mensageiro sabiá veio lembrar que ainda falta um período, mas a primavera vai chegar. E, que eu não me apresse, mas que não perca tempo. A medida do (meu) florescer está em quão pleno eu me aprofundar no inverno. Ter coragem de soltar os apegos, dando espaço para o novo. As águas geladas que tenho mergulhado farão sentido em outra época; eu tenho Fé.
Aqui do meu quarto, diante do jardim secreto (e não é imaginário); através da parede de vidro bem cedinho observo o beija-flor, que me dá a honra de sua visita, e à noite são os morcegos que me convidam para estar alerta ao oculto. De vez em quando uma grande folha da palmeira cai. Causa barulho intenso. Seca e plena, cumpriu seu ciclo e se entrega à terra, é adubo para as folhas novas, é beleza e é ensinamento. A folha se desprende da árvore no tempo certo. As vezes precisa da ajuda do vento as vezes só do tempo.
O jabuti hiberna. Nele há silêncio. As vezes sinto saudade do seu movimento no jardim, mas respeito a sua natureza. Ele despertará junto com as flores. Não antes disso.
E esse texto sem revisão vai chegando ao fim. São palavras que eu mesma escrevi para mim, e para quem mais servir.
Lá fora, na rua, tem feira. Vou em busca de uma maço de poejo e outro de hortelã, para um chá que aquece o corpo e ajuda a abrir o pulmão. Respirar melhor.
À você que leu até aqui, desejo oque desejo também para mim: coragem e plenitude em cada sentir e agir.
Que a verdade seja revelada em cada ato.
E nada há com o que se preocupar. Só o Amor prevalece.
Feliz Inverno.
Andréa
16/08/2023