quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Curtindo o último mês do inverno.
Compartilhando aqui, os prazeres na vida para mim:
Apreciar uma garrafa de vinho na magnífica solitude e também várias garrafas de vinho com especiais amigos.
Me aquecer diante à uma fogueira ou lareira.
Viajar sozinha por muitos dias e também viajar alguns dias bem acompanhada.
Fotografar a trabalho e também fotografar só para mim.
Escrever poemas.
Ouvir boa música.
Arrumar uma mesa com requinte.
Sonhar olhando para as estrelas.
Apreciar café em lugares diferentes com uma amiga.
Vivenciar muito bem Outono e Inverno para poder celebrar Primavera e Verão com plenitude.
Aprender sobre aromaterapia, ervas, medicina chinesa.
Aprender a falar em árabe e apreciar sua culinária.
Estar na Montanha, desbravar florestas fechadas, entrar nas águas geladas dos rios mas também ficar no mar como se não houvesse o amanhã.
Pedir conselho para a Lua e para as plantas.
Participar de rituais de diferentes etnias e me identificar em todos eles.
A lista não acabou, mas não posso finalizar esses escritos, sem revelar que sou uma pessoa de muita sorte na vida. A vida é mágica... para quem quer. Andréa 28 agosto 2023

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

 


O sol ainda não tinha nascido quando hoje ouvi pela primeira vez o canto do Sabiá.

Falei há pouco tempo deles, dos Sabiás, que cantam na madrugada por uma readaptação da natureza nesta grande cidade de SP.

Escrevo agora sem rascunho, é somente o eco, o ressoar do canto dessa madrugada.

Um canto ainda discreto mas profundo, abraçou meu coração. Uma parte de mim dormia, outra parte era com ele, o sabiá. 

Inverno intenso, acho que não havia vivido outro assim. O mensageiro sabiá veio lembrar que ainda falta um período, mas a primavera vai chegar. E, que eu não me apresse, mas que não perca tempo. A medida do (meu) florescer está em quão pleno eu me aprofundar no inverno. Ter coragem de soltar os apegos, dando espaço para o novo. As águas geladas que tenho mergulhado farão sentido em outra época; eu tenho Fé.

Aqui do meu quarto, diante do jardim secreto (e não é imaginário); através da parede de vidro bem cedinho observo o beija-flor, que me dá a honra de sua visita, e à noite são os morcegos que me convidam para estar alerta ao oculto. De vez em quando uma grande folha da palmeira cai. Causa barulho intenso. Seca e plena, cumpriu seu ciclo e se entrega à terra, é adubo para as folhas novas, é beleza e é ensinamento. A folha se desprende da árvore no tempo certo. As vezes precisa da ajuda do vento as vezes  só do tempo.

O jabuti hiberna. Nele há silêncio. As vezes sinto saudade do seu movimento no jardim, mas respeito a sua natureza. Ele despertará junto com as flores. Não antes disso. 

E esse texto sem revisão vai chegando ao fim. São palavras que eu mesma escrevi para mim, e para quem mais servir. 

Lá fora, na rua, tem feira. Vou em busca de uma maço de poejo e outro de hortelã, para um chá que aquece o corpo e ajuda a abrir o pulmão. Respirar melhor.

À você que leu até aqui, desejo oque desejo também para mim: coragem e plenitude em cada sentir e agir.

Que a verdade seja revelada em cada ato.

E nada há com o que se preocupar. Só o Amor prevalece.

Feliz Inverno.

Andréa
16/08/2023